No regime de monta natural, um touro pode servir até 100 vacas por ano. A industrialização do sêmen de igual número de montas, entretanto, pode produzir cerca de 30.000 doses de sêmen/ano. A multiplicação do material reprodutivo e a facilidade de transporte viabilizam o uso de touros geneticamente superiores a baixo custo. Essa é uma forma de acelerar o melhoramento genético e aumentar a eficiência produtiva.
O sêmen bovino dos reprodutores de alto mérito genético é processado nas centrais de sêmen, onde os animais passam por um rigoroso controle sanitário e nutricional. É preciso adotar uma política de melhoria constante e consistente do rebanho, à medida que o manejo também é apurado. De nada adiantará gerar bezerras de alto padrão, se as condições de manejo não evoluírem proporcionalmente, não permitindo que esses animais expressem seu potencial produtivo.
Depois que se adota a inseminação, a detecção do cio tem que ser feita de forma alternativa, surgindo a necessidade de técnicas para reconhecimento do cio entre as vacas. Segundo o professor Dr. Luis Fonseca Matos, no curso Inseminação Artificial em Bovinos – Convencional e em Tempo Fixo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “um recurso muito utilizado é o rufião, um macho inteiro, que monta mas não consegue fazer a penetração, porque tem o pênis bloqueado dentro do prepúcio ou desviado lateralmente”.
Outra possibilidade é o uso de fêmeas que repetem cio ou mesmo androgenizadas, ou seja, tratadas com hormônios masculinos. “A forma mais simples, porém, é a observação da monta entre fêmeas. Quando entram no cio, elas ficam agitadas e nervosas, e tentam montar em fêmeas que estão na mesma situação. Se estiver em cio, a vaca aceita a monta”, afirma o professor.
O intervalo médio de repetição de cio é de 21 dias, podendo variar de 17 a 24 dias. A duração é de 10 a 18 horas. A correta observação durante esse período é fundamental para o sucesso da inseminação.
domingo, 31 de outubro de 2010
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