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sexta-feira, 5 de abril de 2013
NELORE
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Originário da Índia, é constituído por um importante grupo de raças, dentre as quais se sobressaem a Hariana e a Ongoe. O berço da raça Ongole é a região do mesmo nome, no Estado de Madras. Esta região compreende Ongole, Guntur, Nelore, Venukonda e Kandantur. Grande número de animais puros são encontrados nessa região. No passado o Ongole foi exportado em grande escala para a América tropical e outros países, com a finalidade de melhorar o gado nativo, através de cruzamentos.
Características
A raça Nelore é essencialmente produtora de carne. Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem sofrendo mais seleção, objetivando a obtenção de novilhos para corte. Tem a seu favor uma boa conformação, cabeça pequena e leve, ossatura fina e leve, e alcança bom desenvolvimento. Os bezerros Nelore são sadios, fortes, espertos e, horas depois do parto, já se deslocam com o rebanho. A perda de bezerros é mínima, bastante inferior à de outras raças indianas, dada a sua natural rusticidade. Experimentos demonstraram que o Nelore pode oferecer carcaças com 16,5 arrobas, aos 26 meses de idade e rendimento de 50 a 55%, quando alimentado em pastagem.
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Por que utilizar a casca de soja na alimentação do rebanho
Tendo em vista a importância do planejamento nutricional do rebanho, sobretudo nos períodos de baixa disponibilidade de forragens; bem como a participação da alimentação no custo de produção, a busca por alternativas de ingredientes oriundos de processos agroindustriais tem se intensificado.
Tais subprodutos devem apresentar características que possibilitem sua utilização na alimentação animal, reduzindo o custo final do produto animal e mantendo os índices de produção satisfatórios. Dentro deste contexto, fontes de fibra não forragem vem sendo alvo de estudos para serem utilizadas na alimentação de ruminantes.
Tradicionalmente as fontes de fibra não forragem têm sido utilizadas em substituição a fontes de concentrado, uma vez que possuem energia líquida relativamente alta e moderado teor de proteína bruta. Entretanto, situações em que existe baixa disponibilidade de forragem devido ao período de secas ou em sistemas de produção em que há limitação de área para produção de alimentos volumosos, as fontes de fibras não forragem se colocam como excelente alternativa em substituição parcial a alimentos volumosos.
Devido à importância da cultura da soja no agronegócio nacional e ao volume de material processado diariamente, a casca de soja surge como um resíduo agroindustrial bastante interessante para ser utilizado na alimentação do rebanho. Mais o que é a casca de soja? Do ponto de vista nutricional, quais as características que a tornam um ingrediente alternativo para ser utilizado na nutrição dos animais?
A casca de soja é a parte externa do grão, obtida por separação durante o processo de extração do óleo. Também conhecida como casquinha de soja, é comercializada na forma de casca (Figura 1) ou peletizada (Figura 2). Para cada tonelada de soja processada são produzidos 50 kg da casca de soja.
Com relação à sua composição química, a casca de soja possui alto teor de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), mas baixa quantidade de lignina (em torno de 2%), o que pode resultar em uma digestibilidade in vitro de mais de 90%. A casca de soja pura (livre da contaminação do farelo de soja durante a sua obtenção) deve conter em torno de 9,4% de proteína bruta (PB) e 74% de FDN na MS, sendo 46% composta de celulose e 18% de hemicelulose.
A casca de soja é considerada por muitos autores como um ingrediente volumoso-concentrado, pois tem a função fisiológica de fibra vegetal e funciona como um grão de cereal em termos de disponibilidade de energia. Segundo o NRC (2001) a casca de soja apresenta 2,82 Mcal ED/kg de MS, enquanto que o milho apresenta 4,19 Mcal ED/kg de MS.
Além de possuir uma boa palatabilidade, a casca de soja proporciona um efeito positivo associativo quando incluída em dietas de alta proporção de forragem (mais que 50%), pois promove a manutenção do pH ruminal, não prejudicando as bactérias que degradam a fração fibrosa dos alimentos.
Considerando as características nutricionais da casca de soja, esta pode ser utilizada em substituição à forragem ou mesmo a ingredientes concentrados tradicionais, como o milho. Quando em substituição a grãos seu uso visa minimizar os impactos negativos que a alta ingestão de amido causa sobre o ambiente ruminal, como a redução do pH e a diminuição da degradação da fibra (HOOVER, 1986).
Quando utilizada como suplemento para animais mantidos em pastagens de qualidade moderada a baixa, a casca de soja pode substituir o milho ou o sorgo sem que ocorra queda no desempenho (ROYES et al., 2001; SANTOS et al., 2005). Isso ocorre porque mesmo possuindo concentração energética inferior ao milho, a quase inexistência de amido faz com que os efeitos negativos associados à redução da degradação de fibra e do consumo de matéria de seca de pasto sejam bem menores (ANDERSON et al., 1988).
Subprodutos fibrosos, de maneira geral, são mais ricos em energia do que os volumosos corriqueiramente utilizados (NRC, 2001). Desta forma, a adição de casca de soja na ração visa aumentar o consumo de energia e ao mesmo tempo manter o consumo de fibra. Além disso, subprodutos fibrosos possuem geralmente maiores teores de proteína bruta do que volumosos de baixa qualidade.
Além das características apresentadas até o momento, não podemos negligenciar o fato de que a casca de soja é comercializada na forma seca, sendo um material que não apresenta problemas de conservação e pode ser armazenada em grande quantidade para ser utilizada na propriedade ao longo do ano.
Outro fator que merece atenção especial se refere ao fato de que por se tratar de um subproduto, sua disponibilidade se concentra em determinadas épocas do ano e em regiões onde se encontram as unidades processadoras, portanto, o valor do frete deve ser considerado no preço final do produto.
Tendo em vista suas características e vantagens econômicas, a casca de soja tem sido alvo de diversos estudos, com a finalidade de verificar o seu benefício sobre o desempenho animal (consumo de matéria seca, ganho de peso, conversão alimentar, produção e composição do leite), digestibilidade dos nutrientes, parâmetros ruminais, atividade de mastigação, bem como a sua relação com a degradabilidade ruminal da fibra oriunda de forragens. No próximo artigo serão apresentados resultados de diversos trabalhos em que a casca de soja foi estudada como fonte alternativa de alimento em substituição a ingredientes concentrados e volumosos.
Literatura consultada
ANDERSON, S.J.; MERRIL, J.K.; McDONNELL, M.L.; KLOPFENSTEIN, T.J. Soybean hulls as an energy supplement for the grazing ruminant. Journal of Animal Science, Champaign, v. 66, n. 11, p. 2959-2964, 1988.
HOOVER, W.H. Chemical factors involved in ruminal fiber digestion. Journal of Dairy Science, Champaign, v. 69, n. 10, p. 2755-2766, 1986.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of dairy cattle. 7th ed. Washington: National Academic Press, 2001. 381p.
ROYES, J.B.; BROWN, W.F.; MARTIN, F.G.; BATES, D.B. Source and level of energy supplementation for yearling cattle fed ammoniated hay. Journal of Animal Science, Champaign, v. 79, n. 5, p. 1313-1321, 2001.
SANTOS, D.T.; ROCHA, M.G.; QUADROS, L.F.; GENRO, T.C.M.; MONTAGNER, D.B.; GONÇALVES, E.N.; ROMAN, J. Suplementos energéticos para recria de novilhas de corte em pastagens anuais. Desempenho animal. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 34, n. 1, p. 209-219, 2005.
Fonte:http://www.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/nutricao/por-que-utilizar-a-casca-de-soja-na-alimentacao-do-rebanho-33654n.aspx
Tais subprodutos devem apresentar características que possibilitem sua utilização na alimentação animal, reduzindo o custo final do produto animal e mantendo os índices de produção satisfatórios. Dentro deste contexto, fontes de fibra não forragem vem sendo alvo de estudos para serem utilizadas na alimentação de ruminantes.
Tradicionalmente as fontes de fibra não forragem têm sido utilizadas em substituição a fontes de concentrado, uma vez que possuem energia líquida relativamente alta e moderado teor de proteína bruta. Entretanto, situações em que existe baixa disponibilidade de forragem devido ao período de secas ou em sistemas de produção em que há limitação de área para produção de alimentos volumosos, as fontes de fibras não forragem se colocam como excelente alternativa em substituição parcial a alimentos volumosos.
Devido à importância da cultura da soja no agronegócio nacional e ao volume de material processado diariamente, a casca de soja surge como um resíduo agroindustrial bastante interessante para ser utilizado na alimentação do rebanho. Mais o que é a casca de soja? Do ponto de vista nutricional, quais as características que a tornam um ingrediente alternativo para ser utilizado na nutrição dos animais?
A casca de soja é a parte externa do grão, obtida por separação durante o processo de extração do óleo. Também conhecida como casquinha de soja, é comercializada na forma de casca (Figura 1) ou peletizada (Figura 2). Para cada tonelada de soja processada são produzidos 50 kg da casca de soja.
Com relação à sua composição química, a casca de soja possui alto teor de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), mas baixa quantidade de lignina (em torno de 2%), o que pode resultar em uma digestibilidade in vitro de mais de 90%. A casca de soja pura (livre da contaminação do farelo de soja durante a sua obtenção) deve conter em torno de 9,4% de proteína bruta (PB) e 74% de FDN na MS, sendo 46% composta de celulose e 18% de hemicelulose.
A casca de soja é considerada por muitos autores como um ingrediente volumoso-concentrado, pois tem a função fisiológica de fibra vegetal e funciona como um grão de cereal em termos de disponibilidade de energia. Segundo o NRC (2001) a casca de soja apresenta 2,82 Mcal ED/kg de MS, enquanto que o milho apresenta 4,19 Mcal ED/kg de MS.
Além de possuir uma boa palatabilidade, a casca de soja proporciona um efeito positivo associativo quando incluída em dietas de alta proporção de forragem (mais que 50%), pois promove a manutenção do pH ruminal, não prejudicando as bactérias que degradam a fração fibrosa dos alimentos.
Considerando as características nutricionais da casca de soja, esta pode ser utilizada em substituição à forragem ou mesmo a ingredientes concentrados tradicionais, como o milho. Quando em substituição a grãos seu uso visa minimizar os impactos negativos que a alta ingestão de amido causa sobre o ambiente ruminal, como a redução do pH e a diminuição da degradação da fibra (HOOVER, 1986).
Quando utilizada como suplemento para animais mantidos em pastagens de qualidade moderada a baixa, a casca de soja pode substituir o milho ou o sorgo sem que ocorra queda no desempenho (ROYES et al., 2001; SANTOS et al., 2005). Isso ocorre porque mesmo possuindo concentração energética inferior ao milho, a quase inexistência de amido faz com que os efeitos negativos associados à redução da degradação de fibra e do consumo de matéria de seca de pasto sejam bem menores (ANDERSON et al., 1988).
Subprodutos fibrosos, de maneira geral, são mais ricos em energia do que os volumosos corriqueiramente utilizados (NRC, 2001). Desta forma, a adição de casca de soja na ração visa aumentar o consumo de energia e ao mesmo tempo manter o consumo de fibra. Além disso, subprodutos fibrosos possuem geralmente maiores teores de proteína bruta do que volumosos de baixa qualidade.
Além das características apresentadas até o momento, não podemos negligenciar o fato de que a casca de soja é comercializada na forma seca, sendo um material que não apresenta problemas de conservação e pode ser armazenada em grande quantidade para ser utilizada na propriedade ao longo do ano.
Outro fator que merece atenção especial se refere ao fato de que por se tratar de um subproduto, sua disponibilidade se concentra em determinadas épocas do ano e em regiões onde se encontram as unidades processadoras, portanto, o valor do frete deve ser considerado no preço final do produto.
Tendo em vista suas características e vantagens econômicas, a casca de soja tem sido alvo de diversos estudos, com a finalidade de verificar o seu benefício sobre o desempenho animal (consumo de matéria seca, ganho de peso, conversão alimentar, produção e composição do leite), digestibilidade dos nutrientes, parâmetros ruminais, atividade de mastigação, bem como a sua relação com a degradabilidade ruminal da fibra oriunda de forragens. No próximo artigo serão apresentados resultados de diversos trabalhos em que a casca de soja foi estudada como fonte alternativa de alimento em substituição a ingredientes concentrados e volumosos.
Literatura consultada
ANDERSON, S.J.; MERRIL, J.K.; McDONNELL, M.L.; KLOPFENSTEIN, T.J. Soybean hulls as an energy supplement for the grazing ruminant. Journal of Animal Science, Champaign, v. 66, n. 11, p. 2959-2964, 1988.
HOOVER, W.H. Chemical factors involved in ruminal fiber digestion. Journal of Dairy Science, Champaign, v. 69, n. 10, p. 2755-2766, 1986.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of dairy cattle. 7th ed. Washington: National Academic Press, 2001. 381p.
ROYES, J.B.; BROWN, W.F.; MARTIN, F.G.; BATES, D.B. Source and level of energy supplementation for yearling cattle fed ammoniated hay. Journal of Animal Science, Champaign, v. 79, n. 5, p. 1313-1321, 2001.
SANTOS, D.T.; ROCHA, M.G.; QUADROS, L.F.; GENRO, T.C.M.; MONTAGNER, D.B.; GONÇALVES, E.N.; ROMAN, J. Suplementos energéticos para recria de novilhas de corte em pastagens anuais. Desempenho animal. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 34, n. 1, p. 209-219, 2005.
Fonte:http://www.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/nutricao/por-que-utilizar-a-casca-de-soja-na-alimentacao-do-rebanho-33654n.aspx
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
LEITE É BOM NEGÓCIO?
LEITE É BOM NEGÓCIO?
Sebastião Teixeira Gomes1
Roberto Pereira de Melo2
Antes de responder a esta pergunta, deve-se examinar duas questões relacionadas a
este tema, quais sejam: os objetivos do produtor e a situação da economia nacional.
Do ponto de vista econômico o objetivo do empresário é a maximização do lucro.
Entretanto, outros objetivos devem ser acrescentados na análise do processo de decisão do
produtor. No caso particular da atividade leiteira merecem destaque a liquidez do
empreendimento e a capacidade de combinar com outras atividades. A freqüência do
recebimento do leite e a facilidade de venda dos animais conferem à pecuária leiteira um
forte atrativo, especialmente entre os pequenos produtores. Quanto a combinação com
outras explorações a atividade leiteira possui características excepcionais. Fornece esterco
para as culturas, facilita o melhor uso dos fatores de produção e custeia a fazenda. É famosa
a combinação café com leite. Portanto, na explicação da permanência de muitos produtores
na atividade leiteira, as questões discutidas anteriormente devem ser examinadas com
cuidado.
A segunda questão a considerar na análise do negócio leite refere-se ao
comportamento da economia nacional. Os desequilíbrios da economia brasileira, com alta
inflação, taxa de juros elevada e grande desemprego tornam as verdades econômica
passageiras. Por exemplo, no início deste ano o elevado preço do leite transformou a
pecuária leiteira numa das mais atrativas atividades do setor rural. A partir de maio, o preço
do leite simplesmente despencou, mudando completamente o julgamento sobre a
atratividade desta atividade.
Outra conseqüência importante do comportamento da economia sobre o negócio
leite é a perda de renda do produtor provada pela combinação de alta inflação e de longos
1
2
Professor da UFV e consultor da EMBRAPA.
Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite EMBRAPA.
Escrito em 01-12-92.
1
ARQ_64.DOC
prazos de pagamento. Atualmente o preço real do leite, recebido pelo produtor, é de 20 a
30% menor em razão do chamado imposto inflacionário.
Admitindo que o objetivo prioritário do produtor é o máximo lucro e uma economia
razoavelmente estabilizada examina-se, a seguir, alguns condicionantes do leite ser um
bom negócio. Basicamente o lucro depende de dois fatores: relação de preços e
produtividade. A relação de preços, medida pela divisão entre o preço do leite e os preços
dos fatores de produção, dá uma idéia do poder de compra do produtor. Este poder é maior
quando aumenta o preço do leite, quando reduz os preços dos insumos ou quando há uma
combinação entre ambos.
Para aumentar o preço real do leite algumas medidas podem ser consideradas, tais
como: a) Reduzir o prazo de pagamento do leite; b) Repassar para o produtor ganhos da
industrialização; c) Reduzir ou até mesmo eliminar impostos sobre a produção e
comercialização do leite, visto que é um alimento essencial na alimentação humana; d)
Pagar o leite por qualidade, favorecendo aos autênticos produtores; e) Aumentar e sustentar
a diferença entre o preço do leite cota e do excesso, também favorecendo aos autênticos
produtores; f) Sobretaxar importações subsidiadas; g) Estabelecer regras para a intervenção
do governo no mercado; h) Viabilizar programas de distribuição gratuita de leite para
famílias de baixa renda, até que aconteça melhor distribuição de renda no país.
Para reduzir o preço dos fatores de produção pode-se pensar nas seguintes
estratégias: a) Substituir fatores relativamente mais caros por outros mais baratos.
Exemplo: concentrados podem ser substituídos, pelo menos em parte, por volumosos de
boa qualidade; b) Compras em conjunto com outros produtores, obtendo-se ganhos de
escala; c) Facilitar importações de insumos pela redução da aliquota de importação; d)
Redução de impostos sobre os fatores de produção.
O segundo ponto que afeta o lucro é a produtividade. Os dados da Tabela 1 indicam
que existe uma associação negativa e significante entre produtividade e custo de produção.
Isto é, maior produtividade implica em menor custo por litro e, por conseqüência, maior
lucro. Ainda de acordo com os dados da Tabela 1, não existe diferença significativa entre o
custo por litro do estrato de até 5 e de 5 a 7 litros/vaca ordenhada/dia. Isto significa que o
produtor só deve passar pelo estrato do meio como caminho para chegar numa
2
ARQ_64.DOC
produtividade maior que 7 litros/vaca. Ele não deve permanecer naquele estrato sob pena
de ter prejuízo.
Tabela 1 - Custo de produção de leite na região Sudeste do Brasil. Dados corrigidos para
novembro de 1992
Estratos de produtividade
(litros/vaca ordenhada/dia)
CR$/l
Até 5
De 5 a 7
Mais de 7
2.783
2.695
2.187
Fonte: Dados básicos do Projeto Acompanhamento de Fazendas, CNPGL-EMBRAPA.
Finalmente uma questão da maior importância tanto para produtividade quanto para
a lucratividade da pecuária leiteira. Trata-se do volume de produção ou do tamanho da
exploração. Diversos estudos já comprovaram que leite só é viável economicamente em
média e larga escala de produção. Com certeza um dos fatores que aumenta o custo de
produção do leite do Brasil é a pequena escala de produção por fazenda. Enquanto a
produção de leite/dia por produtor do Brasil é 50 litros, da Argentina e 470 litros e do
Uruguai 300 litros. São valores expressivos e têm muito a ver com a produtividade e com o
custo de produção destes países.
Em resumo, a pergunta formulada no título deste artigo não é simples. Ou, por outro
lado, a resposta a esta pergunta não é simples. Não se pode apenas dizer sim ou não.
Existem diversos condicionantes que determinam esta resposta. A proposta deste artigo foi
examinar os principais fatores que afetam o negócio leite.
3
Sebastião Teixeira Gomes1
Roberto Pereira de Melo2
Antes de responder a esta pergunta, deve-se examinar duas questões relacionadas a
este tema, quais sejam: os objetivos do produtor e a situação da economia nacional.
Do ponto de vista econômico o objetivo do empresário é a maximização do lucro.
Entretanto, outros objetivos devem ser acrescentados na análise do processo de decisão do
produtor. No caso particular da atividade leiteira merecem destaque a liquidez do
empreendimento e a capacidade de combinar com outras atividades. A freqüência do
recebimento do leite e a facilidade de venda dos animais conferem à pecuária leiteira um
forte atrativo, especialmente entre os pequenos produtores. Quanto a combinação com
outras explorações a atividade leiteira possui características excepcionais. Fornece esterco
para as culturas, facilita o melhor uso dos fatores de produção e custeia a fazenda. É famosa
a combinação café com leite. Portanto, na explicação da permanência de muitos produtores
na atividade leiteira, as questões discutidas anteriormente devem ser examinadas com
cuidado.
A segunda questão a considerar na análise do negócio leite refere-se ao
comportamento da economia nacional. Os desequilíbrios da economia brasileira, com alta
inflação, taxa de juros elevada e grande desemprego tornam as verdades econômica
passageiras. Por exemplo, no início deste ano o elevado preço do leite transformou a
pecuária leiteira numa das mais atrativas atividades do setor rural. A partir de maio, o preço
do leite simplesmente despencou, mudando completamente o julgamento sobre a
atratividade desta atividade.
Outra conseqüência importante do comportamento da economia sobre o negócio
leite é a perda de renda do produtor provada pela combinação de alta inflação e de longos
1
2
Professor da UFV e consultor da EMBRAPA.
Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite EMBRAPA.
Escrito em 01-12-92.
1
ARQ_64.DOC
prazos de pagamento. Atualmente o preço real do leite, recebido pelo produtor, é de 20 a
30% menor em razão do chamado imposto inflacionário.
Admitindo que o objetivo prioritário do produtor é o máximo lucro e uma economia
razoavelmente estabilizada examina-se, a seguir, alguns condicionantes do leite ser um
bom negócio. Basicamente o lucro depende de dois fatores: relação de preços e
produtividade. A relação de preços, medida pela divisão entre o preço do leite e os preços
dos fatores de produção, dá uma idéia do poder de compra do produtor. Este poder é maior
quando aumenta o preço do leite, quando reduz os preços dos insumos ou quando há uma
combinação entre ambos.
Para aumentar o preço real do leite algumas medidas podem ser consideradas, tais
como: a) Reduzir o prazo de pagamento do leite; b) Repassar para o produtor ganhos da
industrialização; c) Reduzir ou até mesmo eliminar impostos sobre a produção e
comercialização do leite, visto que é um alimento essencial na alimentação humana; d)
Pagar o leite por qualidade, favorecendo aos autênticos produtores; e) Aumentar e sustentar
a diferença entre o preço do leite cota e do excesso, também favorecendo aos autênticos
produtores; f) Sobretaxar importações subsidiadas; g) Estabelecer regras para a intervenção
do governo no mercado; h) Viabilizar programas de distribuição gratuita de leite para
famílias de baixa renda, até que aconteça melhor distribuição de renda no país.
Para reduzir o preço dos fatores de produção pode-se pensar nas seguintes
estratégias: a) Substituir fatores relativamente mais caros por outros mais baratos.
Exemplo: concentrados podem ser substituídos, pelo menos em parte, por volumosos de
boa qualidade; b) Compras em conjunto com outros produtores, obtendo-se ganhos de
escala; c) Facilitar importações de insumos pela redução da aliquota de importação; d)
Redução de impostos sobre os fatores de produção.
O segundo ponto que afeta o lucro é a produtividade. Os dados da Tabela 1 indicam
que existe uma associação negativa e significante entre produtividade e custo de produção.
Isto é, maior produtividade implica em menor custo por litro e, por conseqüência, maior
lucro. Ainda de acordo com os dados da Tabela 1, não existe diferença significativa entre o
custo por litro do estrato de até 5 e de 5 a 7 litros/vaca ordenhada/dia. Isto significa que o
produtor só deve passar pelo estrato do meio como caminho para chegar numa
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ARQ_64.DOC
produtividade maior que 7 litros/vaca. Ele não deve permanecer naquele estrato sob pena
de ter prejuízo.
Tabela 1 - Custo de produção de leite na região Sudeste do Brasil. Dados corrigidos para
novembro de 1992
Estratos de produtividade
(litros/vaca ordenhada/dia)
CR$/l
Até 5
De 5 a 7
Mais de 7
2.783
2.695
2.187
Fonte: Dados básicos do Projeto Acompanhamento de Fazendas, CNPGL-EMBRAPA.
Finalmente uma questão da maior importância tanto para produtividade quanto para
a lucratividade da pecuária leiteira. Trata-se do volume de produção ou do tamanho da
exploração. Diversos estudos já comprovaram que leite só é viável economicamente em
média e larga escala de produção. Com certeza um dos fatores que aumenta o custo de
produção do leite do Brasil é a pequena escala de produção por fazenda. Enquanto a
produção de leite/dia por produtor do Brasil é 50 litros, da Argentina e 470 litros e do
Uruguai 300 litros. São valores expressivos e têm muito a ver com a produtividade e com o
custo de produção destes países.
Em resumo, a pergunta formulada no título deste artigo não é simples. Ou, por outro
lado, a resposta a esta pergunta não é simples. Não se pode apenas dizer sim ou não.
Existem diversos condicionantes que determinam esta resposta. A proposta deste artigo foi
examinar os principais fatores que afetam o negócio leite.
3
Caroço de Algodão , por que utilizar.
O ALGODÃO NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS
O algodoeiro é cultivado para produção de fibra e a torta, resultante da semente,
após a extração do óleo, representa mundialmente a segunda mais importante fonte ou
suplemento protéico disponível para a alimentação animal, ultrapassada apenas pela soja
(3). De todos os subprodutos de algodão, os farelos da torta, são os mais conhecidos e
utilizados. Resultam da remoção do óleo, que pode ser feita tanto pelo esmagamento
mecânico do caroço como através do uso de solventes.
A produção brasileira de algodão vem apresentando grandes oscilações ao longo
dos anos, ainda que a produtividade tenha apresentado tendência crescente. Na região
produtora de algodão arbóreo, a praga do bicudo teve efeitos mais acentuados,
acelerando a substituição desta espécie pelo algodão herbáceo (9).
Os farelos, como fonte protéica, apresentam teores de proteína bruta (PB) de
34,3 a 48,9% e, como fonte de energia, teores de energia digestível (ED) de 3,22 a 3,44
Mcal/kg. Os caroços de algodão, além de teores de PB de 22 a 25% e de FDN entre 37 e
44%, possuem de 4,12 a 5,30 Mcal/kg de ED. São também importantes fontes de fibra,
com teores de fibra bruta (FB) de 17,2 a 28%. A casca do caroço de algodão e os restos
de culturas, utilizados como fontes de fibra, apresentam teores de FB de 42,9 a 50,0%.
Como fontes de macrominerais, ressaltem-se os teores de fósforo (P), acima de 1% nos
farelos, de cálcio (Ca), que chegam a 0,24% nos farelos e caroços e de enxofre (S),
atingindo 0,43% no farelo proveniente da extração mecânica do óleo (15).
Apesar da reconhecida qualidade dos subprodutos resultantes da indústria
algodoeira, como alimento para bovinos, permanecem os problemas resultantes da
presença do gossipol nestes derivados. Além disso, métodos modernos de extração de
óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo
tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e,
conseqüentemente, de gossipol. Nestas condições, o limite máximo de ingestão de
gossipol de 24 g/dia (8,10) pode ser excedido, com possíveis conseqüências adversas.
Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e
nutricional do animal. A molécula de gossipol não é metabolizada pelas bactérias do
rúmen nem pelo animal (1). Ela se une às proteínas que contém aminoácidos livres,
impedindo seu metabolismo (14). As ligações com proteínas (12), bem como altos níveis
de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua
toxicidade. A peletização também resulta em diminuição de sua atividade (4). Os
subprodutos do algodão, principalmente aqueles nos quais o gossipol ainda não foi
Estrada da Ribeira, 3001 • km 03 • 83408-000 • Colombo.PR • Telefone: (41) 2169 3100 • www.nuvital.com.br • nuvital@nuvital.com.b
O algodoeiro é cultivado para produção de fibra e a torta, resultante da semente,
após a extração do óleo, representa mundialmente a segunda mais importante fonte ou
suplemento protéico disponível para a alimentação animal, ultrapassada apenas pela soja
(3). De todos os subprodutos de algodão, os farelos da torta, são os mais conhecidos e
utilizados. Resultam da remoção do óleo, que pode ser feita tanto pelo esmagamento
mecânico do caroço como através do uso de solventes.
A produção brasileira de algodão vem apresentando grandes oscilações ao longo
dos anos, ainda que a produtividade tenha apresentado tendência crescente. Na região
produtora de algodão arbóreo, a praga do bicudo teve efeitos mais acentuados,
acelerando a substituição desta espécie pelo algodão herbáceo (9).
Os farelos, como fonte protéica, apresentam teores de proteína bruta (PB) de
34,3 a 48,9% e, como fonte de energia, teores de energia digestível (ED) de 3,22 a 3,44
Mcal/kg. Os caroços de algodão, além de teores de PB de 22 a 25% e de FDN entre 37 e
44%, possuem de 4,12 a 5,30 Mcal/kg de ED. São também importantes fontes de fibra,
com teores de fibra bruta (FB) de 17,2 a 28%. A casca do caroço de algodão e os restos
de culturas, utilizados como fontes de fibra, apresentam teores de FB de 42,9 a 50,0%.
Como fontes de macrominerais, ressaltem-se os teores de fósforo (P), acima de 1% nos
farelos, de cálcio (Ca), que chegam a 0,24% nos farelos e caroços e de enxofre (S),
atingindo 0,43% no farelo proveniente da extração mecânica do óleo (15).
Apesar da reconhecida qualidade dos subprodutos resultantes da indústria
algodoeira, como alimento para bovinos, permanecem os problemas resultantes da
presença do gossipol nestes derivados. Além disso, métodos modernos de extração de
óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo
tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e,
conseqüentemente, de gossipol. Nestas condições, o limite máximo de ingestão de
gossipol de 24 g/dia (8,10) pode ser excedido, com possíveis conseqüências adversas.
Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e
nutricional do animal. A molécula de gossipol não é metabolizada pelas bactérias do
rúmen nem pelo animal (1). Ela se une às proteínas que contém aminoácidos livres,
impedindo seu metabolismo (14). As ligações com proteínas (12), bem como altos níveis
de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua
toxicidade. A peletização também resulta em diminuição de sua atividade (4). Os
subprodutos do algodão, principalmente aqueles nos quais o gossipol ainda não foi
Estrada da Ribeira, 3001 • km 03 • 83408-000 • Colombo.PR • Telefone: (41) 2169 3100 • www.nuvital.com.br • nuvital@nuvital.com.b
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Água mais suplementação , por que?
Água, um importante componente da nutrição animal
A água se revela como o principal constituinte do corpo animal. É ela quem determina as condições de velhice dele, pois quanto menor for seu conteúdo, maior a idade do animal. Suas funções desempenhadas são: solvente, transporte, regulação da temperatura corporal, servindo também como um meio onde se realizam múltiplas reações químicas.
A sua restrição pode causar: redução na produtividade e na ingestão de alimentos, desidratação, ocasionando uma perda de peso, pequeno aumento na digestibilidade de ruminantes (gado) e aumento na excreção de sódio e potássio.
O excesso de ingestão de água não é prejudicial, pois não existem provas científicas que comprovem o contrário em condições normais, embora normalmente os animais a consumam de acordo com a disponibilidade e o quanto desejarem.
As fontes desse líquido são encontradas na própria bebida ou contidas em alimentos como forragens verdes, silagens (alimento verde, suculento, conservado por meio de um processo de fermentação), alimentos secos como o feno e nas plantas mais jovens.
De acordo com a espécie e o tipo de exploração, as necessidades de água variam:
* Bovino de corte – 26 a 66 litros/dia;
* Vacas leiteiras – 38 a 110 litros/dia;
* Vacas em lactação – até 140 litros/dia;
* Cavalos – 30 a 45 litros/dia;
* Égua em lactação – até 57 litros/dia;
* Caprinos e ovinos – 3,5 a 15 litros/dia.
Deve-se administrar a qualidade da água, analisando-a para que não esteja contaminada e para que seja insípida, inodora e incolor, além de estar armazenada em recipientes adequados.
Suplementação mineral
A utilização estratégica de suplementos minerais propicia uma melhora na produtividade. Os minerais significam 1% do que o animal consome ao longo dia, fornecimento adequado que gera diferenças nos índices produtivos.
No caso de bovinos que consumem pastagens, silagens, feno, capins, cana-de-açúcar e outros, as necessidades fisiológicas de consumo de diversos minerais não são supridas. Um importante suplemento mineral, que desempenha um papel nas atividades metabólicas do animal, é o fósforo. Ele e outros minerais, em níveis baixos ou altos, são de suma importância para os processos de ingestão e de saúde do rebanho.
Ao misturar esses complementos, dá se o nome de sal mineral. Essa denominação se deve à antiga prática de fornecer sal branco aos animais. Esses, por terem um apetite natural pelo sal comum, o cloreto de sódio, se alimentavam do mesmo ao serem condicionados para rodeios e outras atividades. Portanto, através desse método, convencionou-se administrar quantidades delimitadas de minerais, juntamente ao sal, auxiliando na boa nutrição, principalmente com a adição de cálcio e fósforo presentes nas farinhas de ossos, de ostra e etc. Elementos como macro e micro minerais, vitaminas, proteínas e fontes de energia foram adicionadas posteriormente.
O suplemento alimentar é indispensável como um complemento na dieta dos animais, proporcionando elementos nutricionais para o equilíbrio fisiológico de suas funções, como: sobrevivência, crescimento, ganho de peso e reprodução.
Para um correto fornecimento, uma absorção adequada e um consumo diário equilibrado, vale salientar que uma formulação específica dos minerais influencia nesses fatores. Essa fórmula é elaborada com o intuito de fornecer níveis nutricionais que supram as necessidades dos animais.
a existência de uma variedade ímpar de marcas fornecedoras dessas misturas, o importante é sempre procurar os melhores, que estabeleçam um padrão registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento .
Uma análise laboratorial é capaz de medir uma quantidade específica, como:
Recomenda-se fornecer uma ingestão mínima de 3 a 4 gramas de fósforo. Quando a pastagem oferece um teor muito baixo desse elemento, vale garantir um fornecimento maior: 8 a 10 gramas. No caso de outros minerais, o interessante é que a mistura forneça, pelo menos, 50% das necessidades diárias. Quando a região de criação se encontra em uma carência elevada de um ou mais elementos suplementares, torna-se viável o fornecimento de 100% das necessidades diárias.
A água se revela como o principal constituinte do corpo animal. É ela quem determina as condições de velhice dele, pois quanto menor for seu conteúdo, maior a idade do animal. Suas funções desempenhadas são: solvente, transporte, regulação da temperatura corporal, servindo também como um meio onde se realizam múltiplas reações químicas.
A sua restrição pode causar: redução na produtividade e na ingestão de alimentos, desidratação, ocasionando uma perda de peso, pequeno aumento na digestibilidade de ruminantes (gado) e aumento na excreção de sódio e potássio.
O excesso de ingestão de água não é prejudicial, pois não existem provas científicas que comprovem o contrário em condições normais, embora normalmente os animais a consumam de acordo com a disponibilidade e o quanto desejarem.
As fontes desse líquido são encontradas na própria bebida ou contidas em alimentos como forragens verdes, silagens (alimento verde, suculento, conservado por meio de um processo de fermentação), alimentos secos como o feno e nas plantas mais jovens.
De acordo com a espécie e o tipo de exploração, as necessidades de água variam:
* Bovino de corte – 26 a 66 litros/dia;
* Vacas leiteiras – 38 a 110 litros/dia;
* Vacas em lactação – até 140 litros/dia;
* Cavalos – 30 a 45 litros/dia;
* Égua em lactação – até 57 litros/dia;
* Caprinos e ovinos – 3,5 a 15 litros/dia.
Deve-se administrar a qualidade da água, analisando-a para que não esteja contaminada e para que seja insípida, inodora e incolor, além de estar armazenada em recipientes adequados.
Suplementação mineral
A utilização estratégica de suplementos minerais propicia uma melhora na produtividade. Os minerais significam 1% do que o animal consome ao longo dia, fornecimento adequado que gera diferenças nos índices produtivos.
No caso de bovinos que consumem pastagens, silagens, feno, capins, cana-de-açúcar e outros, as necessidades fisiológicas de consumo de diversos minerais não são supridas. Um importante suplemento mineral, que desempenha um papel nas atividades metabólicas do animal, é o fósforo. Ele e outros minerais, em níveis baixos ou altos, são de suma importância para os processos de ingestão e de saúde do rebanho.
Ao misturar esses complementos, dá se o nome de sal mineral. Essa denominação se deve à antiga prática de fornecer sal branco aos animais. Esses, por terem um apetite natural pelo sal comum, o cloreto de sódio, se alimentavam do mesmo ao serem condicionados para rodeios e outras atividades. Portanto, através desse método, convencionou-se administrar quantidades delimitadas de minerais, juntamente ao sal, auxiliando na boa nutrição, principalmente com a adição de cálcio e fósforo presentes nas farinhas de ossos, de ostra e etc. Elementos como macro e micro minerais, vitaminas, proteínas e fontes de energia foram adicionadas posteriormente.
O suplemento alimentar é indispensável como um complemento na dieta dos animais, proporcionando elementos nutricionais para o equilíbrio fisiológico de suas funções, como: sobrevivência, crescimento, ganho de peso e reprodução.
Para um correto fornecimento, uma absorção adequada e um consumo diário equilibrado, vale salientar que uma formulação específica dos minerais influencia nesses fatores. Essa fórmula é elaborada com o intuito de fornecer níveis nutricionais que supram as necessidades dos animais.
a existência de uma variedade ímpar de marcas fornecedoras dessas misturas, o importante é sempre procurar os melhores, que estabeleçam um padrão registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento .
Uma análise laboratorial é capaz de medir uma quantidade específica, como:
Recomenda-se fornecer uma ingestão mínima de 3 a 4 gramas de fósforo. Quando a pastagem oferece um teor muito baixo desse elemento, vale garantir um fornecimento maior: 8 a 10 gramas. No caso de outros minerais, o interessante é que a mistura forneça, pelo menos, 50% das necessidades diárias. Quando a região de criação se encontra em uma carência elevada de um ou mais elementos suplementares, torna-se viável o fornecimento de 100% das necessidades diárias.
domingo, 31 de outubro de 2010
Vaca no cio pode ser identificada de três maneiras
No regime de monta natural, um touro pode servir até 100 vacas por ano. A industrialização do sêmen de igual número de montas, entretanto, pode produzir cerca de 30.000 doses de sêmen/ano. A multiplicação do material reprodutivo e a facilidade de transporte viabilizam o uso de touros geneticamente superiores a baixo custo. Essa é uma forma de acelerar o melhoramento genético e aumentar a eficiência produtiva.
O sêmen bovino dos reprodutores de alto mérito genético é processado nas centrais de sêmen, onde os animais passam por um rigoroso controle sanitário e nutricional. É preciso adotar uma política de melhoria constante e consistente do rebanho, à medida que o manejo também é apurado. De nada adiantará gerar bezerras de alto padrão, se as condições de manejo não evoluírem proporcionalmente, não permitindo que esses animais expressem seu potencial produtivo.
Depois que se adota a inseminação, a detecção do cio tem que ser feita de forma alternativa, surgindo a necessidade de técnicas para reconhecimento do cio entre as vacas. Segundo o professor Dr. Luis Fonseca Matos, no curso Inseminação Artificial em Bovinos – Convencional e em Tempo Fixo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “um recurso muito utilizado é o rufião, um macho inteiro, que monta mas não consegue fazer a penetração, porque tem o pênis bloqueado dentro do prepúcio ou desviado lateralmente”.
Outra possibilidade é o uso de fêmeas que repetem cio ou mesmo androgenizadas, ou seja, tratadas com hormônios masculinos. “A forma mais simples, porém, é a observação da monta entre fêmeas. Quando entram no cio, elas ficam agitadas e nervosas, e tentam montar em fêmeas que estão na mesma situação. Se estiver em cio, a vaca aceita a monta”, afirma o professor.
O intervalo médio de repetição de cio é de 21 dias, podendo variar de 17 a 24 dias. A duração é de 10 a 18 horas. A correta observação durante esse período é fundamental para o sucesso da inseminação.
O sêmen bovino dos reprodutores de alto mérito genético é processado nas centrais de sêmen, onde os animais passam por um rigoroso controle sanitário e nutricional. É preciso adotar uma política de melhoria constante e consistente do rebanho, à medida que o manejo também é apurado. De nada adiantará gerar bezerras de alto padrão, se as condições de manejo não evoluírem proporcionalmente, não permitindo que esses animais expressem seu potencial produtivo.
Depois que se adota a inseminação, a detecção do cio tem que ser feita de forma alternativa, surgindo a necessidade de técnicas para reconhecimento do cio entre as vacas. Segundo o professor Dr. Luis Fonseca Matos, no curso Inseminação Artificial em Bovinos – Convencional e em Tempo Fixo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “um recurso muito utilizado é o rufião, um macho inteiro, que monta mas não consegue fazer a penetração, porque tem o pênis bloqueado dentro do prepúcio ou desviado lateralmente”.
Outra possibilidade é o uso de fêmeas que repetem cio ou mesmo androgenizadas, ou seja, tratadas com hormônios masculinos. “A forma mais simples, porém, é a observação da monta entre fêmeas. Quando entram no cio, elas ficam agitadas e nervosas, e tentam montar em fêmeas que estão na mesma situação. Se estiver em cio, a vaca aceita a monta”, afirma o professor.
O intervalo médio de repetição de cio é de 21 dias, podendo variar de 17 a 24 dias. A duração é de 10 a 18 horas. A correta observação durante esse período é fundamental para o sucesso da inseminação.
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