segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caroço de Algodão , por que utilizar.

O ALGODÃO NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS
O algodoeiro é cultivado para produção de fibra e a torta, resultante da semente,
após a extração do óleo, representa mundialmente a segunda mais importante fonte ou
suplemento protéico disponível para a alimentação animal, ultrapassada apenas pela soja
(3). De todos os subprodutos de algodão, os farelos da torta, são os mais conhecidos e
utilizados. Resultam da remoção do óleo, que pode ser feita tanto pelo esmagamento
mecânico do caroço como através do uso de solventes.
A produção brasileira de algodão vem apresentando grandes oscilações ao longo
dos anos, ainda que a produtividade tenha apresentado tendência crescente. Na região
produtora de algodão arbóreo, a praga do bicudo teve efeitos mais acentuados,
acelerando a substituição desta espécie pelo algodão herbáceo (9).
Os farelos, como fonte protéica, apresentam teores de proteína bruta (PB) de
34,3 a 48,9% e, como fonte de energia, teores de energia digestível (ED) de 3,22 a 3,44
Mcal/kg. Os caroços de algodão, além de teores de PB de 22 a 25% e de FDN entre 37 e
44%, possuem de 4,12 a 5,30 Mcal/kg de ED. São também importantes fontes de fibra,
com teores de fibra bruta (FB) de 17,2 a 28%. A casca do caroço de algodão e os restos
de culturas, utilizados como fontes de fibra, apresentam teores de FB de 42,9 a 50,0%.
Como fontes de macrominerais, ressaltem-se os teores de fósforo (P), acima de 1% nos
farelos, de cálcio (Ca), que chegam a 0,24% nos farelos e caroços e de enxofre (S),
atingindo 0,43% no farelo proveniente da extração mecânica do óleo (15).
Apesar da reconhecida qualidade dos subprodutos resultantes da indústria
algodoeira, como alimento para bovinos, permanecem os problemas resultantes da
presença do gossipol nestes derivados. Além disso, métodos modernos de extração de
óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo
tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e,
conseqüentemente, de gossipol. Nestas condições, o limite máximo de ingestão de
gossipol de 24 g/dia (8,10) pode ser excedido, com possíveis conseqüências adversas.
Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e
nutricional do animal. A molécula de gossipol não é metabolizada pelas bactérias do
rúmen nem pelo animal (1). Ela se une às proteínas que contém aminoácidos livres,
impedindo seu metabolismo (14). As ligações com proteínas (12), bem como altos níveis
de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua
toxicidade. A peletização também resulta em diminuição de sua atividade (4). Os
subprodutos do algodão, principalmente aqueles nos quais o gossipol ainda não foi
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